Depois do continente africano ter registado um aumento de 25% de casos de covid-19 na última semana, a África do Sul torna-se no primeiro país africano a testar uma vacina contra o coronavírus.
Segundo Shabir Madhi, professor de vacinologia e co-diretor da African Leadership Initiative for Vaccinology Expertise – ALIVE (Iniciativa de Liderança Africana para Especialização em Vacinologia, em português), esta vacina é uma colaboração entre a Universidade de Wits e Oxford, que avaliou a eficácia da “Ox1Cov-19” naquele país.
Para Shabir, trata-se de “um momento marcante para a África do Sul e África nesta fase da pandemia de Covid-19″, tendo sido iniciada a triagem dos participantes para o Oxford African 1 Covid-19 na semana passada e aplicação da vacina marcada para esta semana.”
O teste de vacinas na terra de Mandela foi submetido a uma rigorosa revisão e foi aprovada pela South African Health Products Regulatory Authority – SAHPRA (Autoridade Reguladora dos Produtos de Saúde da África do Sul em português) e pelo comité de Ética em Pesquisa em Humanos da Universidade de Wits.
Denominada tecnicamente como ChAdOx1 nCoV-19, esta vacina é produzida a partir de uma versão enfraquecida e não replicante das “gripes” comums (adenovírus) de um vírus chamado ChAOx1.
A vacina foi projetada para se “comunicar” com a proteína spike SARS-CoV-2 (coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2), as glicoproteínas de pico normalmente são encontradas na superfície do novo coronavírus, estes desempenham um papel na ativação de infeções da doença, pois o vírus usa o SARS-CoV para se ligar aos receptores ACE2 nas células humanas.
“Enquanto o mundo se une para encontrar soluções de saúde, um esforço sul-africano para o desenvolvimento de uma vacina eficaz COVID-19 é uma prova do nosso compromisso de apoiar a inovação em saúde para salvar vidas.”, expressou a presidente do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul, Professora Glenda Gray.
Fora a África do Sul, espera-se que estudos semelhantes sejam realizados igualmente nos Estados Unidos e no Brasil.
Fora a África do Sul, espera-se que estudos semelhantes sejam realizados igualmente nos Estados Unidos e no Brasil.
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